segunda-feira, setembro 01, 2008

Santo Ecuménico IV - Beato Vicente de Santo António

Neste primeiro de setembro, mês dedicado à Santa Cruz (a 14 de Setembro) e a Beata Maria Virgo Perdolens (15 de Setembro) escrevo ao caríssimo leitor sobre um beato, ainda não canonizado, que foi martirizado a 3 de Setembro de 1632.






Vicente de Santo António nasceu em Albufeira em 1590.

Filho de António Simões e de Catarina Pereira. Foi baptizado com o nome de Vicente Simões de Carvalho. Passou os primeiros anos da sua vida em Albufeira. Filho de um médico, foi depois estudar para Lisboa.

No meio de uma juventude alegre e folgazã, sentiu o chamamento de Deus. E em 1617 abraçou o estado eclesiástico.

Quatro anos depois foi para o México e aí fez-se Agostinho Recoleto. Passou a Manila, nas Filipinas, em 1622 onde fez a Profissão Solene.

No ano seguinte partiu com alguns sacerdotes agostinhos para o Japão como missionário, numa época em que os cristãos eram ferozmente perseguidos.

Só com disfarces e às ocultas pode exercer a sua missão.

Ora fazia de mercador europeu ou de vendedor ambulante vestido de japonês, ora pregava a Palavra de Deus e celebrava Missa para portugueses e japoneses cristãos, sempre sujeito ao perigo de denúncia.

Denúnciado e preso ao fim de seis anos foi encercerado em Nagazaqui e Omura. SOfreu os tormentos das águas sulfurosas da lagoa de Unzen (inferno) junto de Arima.

Em 3 de setembro de 1632 dofreu martírio do fogo.

Em 1867 foi beatificados por Pio IX.

Desde 27 de Julho de 1965 é Padroeiro de Albufeira.


Apesar do panfleto não dizer, mas pode-se ver na imagem que o Beato Vicente foi acorrentado pelo dedo a um poste para sofrer o martírio do fogo. Poderia renunciar facilmente à Santa Fé, pois estava ataddo apenas por um dedo, mas decidiu sofrer o suplicio a renunciar a Fé. Por essa razão chamo-o aqui de santo ecumécico: perdeu a vida a espalhar a Fé de Cristo e não a fé dos homens.

1 comentário:

anónimo disse...

"Ora fazia de mercador europeu ou de vendedor ambulante vestido de japonês, ora pregava a Palavra de Deus e celebrava Missa para portugueses e japoneses cristãos, sempre sujeito ao perigo de denúncia."

Agora até me apeteceu salientar que a Missa não era a de Paulo VI. Tal como há jovens que pensam que antigamente era tudo a preto e branco também não me admira que quando se fale em "Missa" pensem sempre na missa de Montini/Bugnini. Pelo menos, para esses jovens instruídos no erro, não há referência da Missa de Sempre visto que estiveram sempre e apenas em contacto com a missa experimental.